Relatório sobre promoção do investimento na investigação agrícola em África: Reforçar um argumento à favor do aumento do investimento na investigação agrícola em África

A pesquisa agrícola e o investimento no desenvolvimento experimental (I&D) estão positivamente associados a altos retornos, porém, estes retornos levam tempo, muitas vezes décadas, para se desenvolver. Consequentemente, o atraso inerente desde o início da pesquisa até a adoção de novas tecnologias exige um financiamento sustentado e estável de I&D. Em 2016, África investiu apenas 0,39 por cento do seu produto interno bruto agrícola (AgGDP) em I&D agrícola, comparativamente a 0,54 por cento em 2000. Além disso, apenas alguns países africanos investem pelo menos 1% do seu AgGDP na investigação agrícola, sendo a meta estabelecida pela Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD). Embora em termos absolutos o investimento total no domínio da I&D tenha aumentado desde a passagem para o novo milénio, após um período de estagnação, a maior parte dos fundos foi direccionada para a expansão do pessoal de investigação, aumentos salariais, e reabilitação de infra-estruturas e equipamentos de investigação abandonados, em vez de programas de investigação propriamente ditos. De facto, num grande número de países africanos, os governos nacionais financiam os salários dos investigadores e do pessoal de apoio, deixando, no entanto, as despesas não relacionadas com o pessoal altamente dependentes dos doadores e de outras fontes de financiamento.